"É engraçado, mas quando eu escrevo pouco significa que tá tudo indo bem. Por mais que eu ainda tenha os meus medos e confusões, estou olhando menos para trás. Sei que isso não dura muito e a qualquer hora alguém me tira do sério e me faz escrever sem parar. No fundo é isso o que eu quero. No fundo é isso que a gente quer: alguém que nos enlouqueça. Essa paz o tempo todo chega a ser chata."

O nome significa alegria plena, mas nem sempre é assim



O nome Letícia, que tem origem no latim tem por essência em seu significado "alegria plena". Temos, portanto, a tendência de imaginar que todas as meninas do mundo, que possuem esse nome, sejam alegres por natureza e tragam sempre alegria ao ambiente. Inclusive, acabamos exigindo isso delas. Mas isso mudou quando, em uma das minhas experiências de viagens pelo mundo, conheci a mais intrigante de todas. Seu nome é Letícia Freires, reside no Brasil no estado do Espírito Santo e tem 17 anos.
Ela é divertida e engraçada, o que é comum nas demais que carregam seu nome, porém, em uma das entrevistas que fazia com ela percebi que ela era diferente. Reparei com atenção em uma de suas declarações: ‘’ fica cada dia mais impossível conquistar essa menina aqui ...’’ ‘’acho que tenho isso daí (se referindo ao complexo de inferioridade) ...’’ como isso seria possível? Percebi então que ela não era perfeita como costumava pensar. Ela era mortal, tinha problemas como todo mundo e nem sempre estava sorrindo, talvez nem sempre permitia que os outros vissem que ela estava triste, porque queria parecer  sempre essa menina super forte que todo mundo pensa. As suas kryptonitas estão bem escondidas e ela não vai permitir que ninguém saiba que ela tem momentos de fraqueza. Caramba, que menina fora do comum! Fiquei cada vez mais curioso pela sua história, tentando decifrar cada detalhe simples que nas entrevista ela deixava escapar para tentar formar esse tão complexo quebra cabeça.
Bem, sou limitado demais para entendê-la em sua totalidade, porque há muitos caminhos dentro de uma menina só, mas quero apresentar-lhes a teoria que criei sobre ela.
Ela é sim uma heroína. Super forte, com uma capacidade de chegar muito longe, porém sua kryptonita é a sua mente, ora sua mente super poderosa entra em cena e ela está super feliz e trazendo alegria a  todos, ora sua mente lhe trai com pensamentos que a deixam sem forças pra crer em coisas fundamentais, como, por exemplo: ser feliz no futuro e ir para várias praias do mundo surfar com sua filhinha que terá o seu nome e com o seu marido que ficará olhando para as duas todo emocionado. Ora está radiante, ora se pergunta "será que eu vou me tornar alguém digna de orgulho?"
Sim, volto a dizer, ela é super forte. Mas como essa kryptonita pode atrapalhar tanto este ser tão extraordinário? Passei dias me perguntando isso, e ao consultar o maior de todos os meus livros de estudo, o livro a qual encontro resposta para todos meus questionamentos (a bíblia), e encontrei um ser também extraordinário chamado Paulo, todos o tinham como herói que trazia alegria ao ambiente, o Criador deu a ele o que ninguém de sua época tinha. Porém, também tinha uma kryptonita, como a nossa entrevistada, Paulo declarou : ‘’o bem que quero fazer não faço , mas o mal que não quero fazer isso faço ‘’ era a mesma Kryptonita. A mente de Paulo o traia e ele, ora fazia o que devia, sentia e o que devia ora estava mal. E ele não sabia como vencer essa kryptonita, quando um dia o criador disse a ele: "Paulo, não se preocupe porque o meu poder vai trabalhar nas suas fraquezas". Então, Paulo disse: "quando estou fraco é então que estou forte, porque venço minhas limitações através do poder do Criador". Entendi que a minha entrevistada era como o nosso herói Paulo, tinha a mesma kryptonita, sendo esta, possível de colocar um fim. Fui embora ao terminar a entrevista na esperança de receber notícias que a nossa heroína tenha descoberto o segredo pra vencer suas fragilidades, que ela não tenha sempre que se mostrar forte, que não precisa ter vergonha de chorar, que não tenha medo de sonhar e que ela entenda que sempre será a nossa heroína!
Elias Mauricio, Rio de Janeiro. Janeiro de 2015.


“Quero viver bem! Este ano que passou foi um ano cheio. Foi cheio de coisas boas e realizações, mas também cheio de problemas e desilusões. Normal. As vezes a gente espera demais das pessoas. Normal. A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor que acabou. Normal.”
— Carlos Drummond de Andrade.


"Contado excluído com sucesso da lista telefônica." Foi o que me informou a tela do celular, porém, o que eu queria ver de verdade era: "Contado excluído da memória com sucesso." Porque a memória -local onde guardamos idéias, sensações e impressões adquiridas anteriormente - sempre será um ligar difícil de limpar, todo mundo sabe. Tipo quarto de gente velha, sabe? Onde cada canto há um pedaço de história e experiência de vida, muito importante por sinal.
Não tem jeito. Por mais tranquila que eu esteja e tenha aceitado o fato como um acontecimento comum da vida, vou me lembrar de você. Não necessariamente por toda a vida (Deus me livre) e nem por algumas horas apenas (quem me dera), mas sim.. Por algum tempo, me lembrarei sim.
Já exclui as músicas que me faziam lembrar subitamente de você, e já me livrei do sabonete líquido de fragrância de folhas verdes e Bergamota que, por coincidência, é a mesma essência do teu carro (ou é muito similar, enfim). Também já apaguei nossas conversas e as fotos das tatuagens que achei parecidas com a sua futura, e as que iria te mostrar também.
Enfim, me livrei de tudo que pude! Mas não foi o suficiente. Sempre tem aquele lugar onde costumávamos frequentar, sempre tem as músicas e séries em comum. O teu nome, teu bairro, tua faculdade. Coisas que são ridículas -como você - mas que vem involuntariamente á tona na lembrança.
Talvez eu devesse me acostumar com a banalidade das coisas, com o jeito de como tudo se tornou passageiro. Mas, não vou desistir não. E prefiro viver concordando com o Graciliano Ramos, que um vez escreveu assim:"Comovo-me em excesso, por natureza e por ofício. Acho medonho alguém viver sem paixões". E digo mais também, concordo com Matheus Rocha, um perfeito neologista, que certo dia (me) escreveu e afirmou: "Tenho plena consciência de que nunca usei ninguém. Nunca quis um passatempo. Nunca fiz ninguém de tapa-buracos para as crateras do meu coração. Sempre reservei espaços úmido àqueles que entraram nessa bagunça do meu peito. E não me arrependo, porque no fim, é isso que importa. O que você deixou de bom na vida de alguém."


"Na cama, á noite, enquanto penso em meus muitos pecados e em meus defeitos exagerados, fico tão confusa pela quantidade de coisas que tenho de analisar que não sei se rio ou choro, dependendo do meu humor. Depois durmo com a sensação estranha de que quero ser diferente do que sou, ou de que sou diferente do que quero ser, ou talvez de me comportar diferente do que sou ou do que quero ser.
Minha nossa, agora estou confundindo você também. Desculpe, mas não gosto de embaralhar as coisas, e, nesses momentos de escassez, arrancar uma folha de papel é um tabu. Por isso, só posso aconselhar você a não ler de novo a passagem acima e a não tentar chegar ao fundo, porque nunca vai encontar a saída."
                                         - (Sábia) Anne Frank



Chega um momento em sua vida, que você precisa agradecer algumas pessoas.

Não sei como começar esse texto, sinceramente. O cansaço é tão grande que, quando meu corpo dá uma pausa nas inúmeras atividades, ele só pensa em descansar, e descansar, e descansar... É automático. Mas eu precisava vir aqui, sabe? E só irei dormir quando finalmente conseguir admitir para o papel e a caneta o quanto sou grata a Deus por ter te conhecido.
Talvez eu devesse esperar mais um pouco para te conhecer de verdade. Apesar que, a cada dia que passa, descubro que não conheço totalmente as pessoas. Prova disso, é o aumento em forma de progressão geométrica da minha famosa lista dos-que-não-eram-o-que-pareciam.

Porém, agora eu só quero agradecer. Passei agradecer as pessoas que me fazem bem a partir do momento em que essas se tornaram poucas na minha vida. Obrigada, viu? De verdade. Mesmo sem entender agora o porquê do carinho e companhia, da conversa boa e do interesse de me ver bem, eu te agradeço por me deixar tocar nas nuvens mesmo com os pés no chão. Por demonstrar interesses nos meus interesses. Por me deixar feliz. Mais leve. Mais solta. Mais confiante. Mais esperançosa. Mais e mais.
Talvez você seja só mais um problema, talvez seja a solução. Mas, de qualquer forma, obrigada por me proporcionar o ânimo novamente.
Enfim, finalizando de forma clichê e com uma frase que, particularmente, se encaixa perfeitamente aqui: "Talvez seja você. A vida vai dizer. De qualquer forma, obrigada por me fazer dormir sorrindo."

Poderia estar fazendo qualquer outra coisa agora... Tomando aquele sol na piscina; assistindo um filme em casa ou até colocando em dia o sono que não tenho durante a semana. Mas estou aqui. Acordei atrasada e acabei perdendo uns minutos da aula, mas sentei no canto da sala e assisti  com prazer, porque amo a disciplina de História  o resto da aula. Ok, o assunto não é esse.... A aula acabou, porém, continuo aqui sentada nesse "centro de vivência" que utilizamos durante o intervalo que me proporcionou liberdade para escrever sobre você. Talvez a ausência do costume tenha dificultado minha relação com as palavras, mas tudo bem...
De verdade, eu gostaria que você estivesse aqui. Sentado em uma dessas cadeiras brancas. Por que só em ter sua companhia já me traria a paz... E, talvez eu finalmente pudesse te dizer o que tanto gostaria. Sem precisar digitar nada, sem distância nenhuma. Só eu e você. Olhar para seus olhos medonhamente – se é que existe essa palavra  verdes e dizer, com sinceras palavras, que não me importaria de te fazer feliz. Dizer também que, apesar da insegurança, te quero mais perto de mim, mais meu, mais... 'Nós'. Te dizer que me importo nas entrelinhas, e penso em como seria bom te encontrar depois de um dia cansativo e me perder nos teus olhos, que são extremamente lindos, inclusive, já falei isso, né?! Ah, iria te dizer tanta coisa...  Enquanto não posso, te desenho no pensamento e faço a cena que eu quiser. Poderia estar fazendo qualquer outra coisa agora... Mas estou aqui pensando em quem está 78 km de distância daqui, você.
Psiu, vem aqui.

Confesso ter ficado um pouco nervosa. Nos encontramos, ele me olhou com aqueles olhos verdes e sorriu. E quando se foi, me deixou meio tonta, sei lá... Com a vaga impressão de ter me perdido num gramado verde lindo e exalando esperança naquele olhar.

Intertextualidade da crônica A corretora de Mar, de Rubem Braga.